Integralismo Linear e Maçonaria e Monarquia
Cássio Guilherme, Presidente do MIL-B.
A pretensão do Integralismo Linear em ser o Movimento adequado às realidades do Sec XXI, em aglutinar as posições ideológicas do Integralismo e do Linearismo, deve se fazer presente e esclarecido no momento atual. Com o intuito de linearizar essas questões pendentes, o Movimento Integralista e Linearista Brasileiro ( MIL-B) deseja sanar as dúvidas que hão de advir sobre determinados temas e a partir de então resolver de uma vez por todas essas pendências. Qual a posição dos Integralistas e Linearistas com relação a Maçonaria? Pode o indivíduo ser Maçom e Integralista ao mesmo tempo? È óbvio que essas questões estarão definitivamente respondidas no arcabouço doutrinário do Integralismo Linear. No seu livro “ Páginas de Combate”, o Chefe Integralista Plínio Salgado, nas suas “ perguntas ao povo brasileiro”, item III, cita como título “ Nós e a Maçonaria”:
“... Tendo, durante três anos seguidos, o Integralismo se conservado silencioso a respeito da Maçonaria, jamais lhe dirigindo o menor ataque, podereis explicar a razão porque começaram pelas Lojas diretivas no sentido de nos combater?”
Claramente está que não foi o Integralismo que se colocou contrário a Maçonaria. Foi a Maçonaria, contaminada por um espírito materialista místico oligárquico, que se colocou antipático ao Integralismo. O grande crítico desse espírito materialista foi o Chefe das Milícias Gustavo Barroso. Sabendo que a Maçonaria era uma instituição mística e relativista, Gustavo Barroso atacou com argumentos diretamente o Espírito Materialista Judaico, que na sua visão “ impregnava” a instituição Maçônica. No livro “ Judaísmo, Maçonaria e Comunismo” e na tradução “ Maçonaria: Seita Judaica”, Gustavo Barroso concentrou sua crítica contra esse Espírito Materialista e Cabalístico Judaico” que dominava a Ação Maçônica, e não contra os maçons em per si, mesma visão da Igreja Católica na época. Vários Integralistas foram Maçons, como o líder provincial Raimundo Padilha e a família Gueiros de Pernambuco, inclusive com site na internet sobre o assunto. Outro grande crítico do Espírito Materialista Judaico e grande integralista, Tenório D’albuquerque, se tornou inclusive Venerável de Loja Maçônica, e escreveu na década de 70 o livro “ O Que é a Maçonaria”. Portanto, o Integralismo Linear é claro em suas posições e aceita perfeitamente a participação de Maçons em suas fileiras, questão já resolvida de uma vez por todas, seguindo a orientação do Chefe Nacional Plínio Salgado, consubstanciada no livro “ Páginas de Combate”, página 95:
“... Neste momento, já tracei a diretriz clara, positiva, linear aos Camisas Verdes: é a mesma desde o primeiro dia: seguir a nossa Doutrina, praticando-a e propagando-a” e também a orientação Doutrinária do Monitor Integralista de 1935: “ Enquanto entidade que valoriza a propagação da “ Fraternidade, Igualdade e Liberdade”, desprovida portanto de sectarismos e do Espírito Materialista, a Maçonaria nos é inofensiva”.
Como sabemos, a Maçonaria tem por divisa “ Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e por lema “ Justiça, Verdade e Trabalho”. Os seus seguidores e membros devem se esforçar para o aprimoramento espiritual, devotando-se à prática do bem como imperioso da Solidariedade Humana. É óbvio portanto que o Chefe das Mílicias Gustavo Barroso criticou em suas obras justamente o desvio de certos Maçons dessas diretrizes. Claro está que Gustavo Barroso criticou severamente a impregnação de um Espírito Materialista Judaico que deturpava e maculava a Dignidade Maçônica. È inadmissível o rótulo de anti-Maçon pejorativamente atribuído a Gustavo Barroso. A tese principal é que o Chefe das Milícias criticou tão somente a dominação dos interesses financeiros e materialistas sobre a Maçonaria enquanto instituição, contaminando seus reais objetivos. Esta visão está clara no trecho do livro: “ Judaísmo, Maçonaria e Comunismo”, página 199:
“...Do Governo oculto do mundo, do Judaísmo Internacional. Daí a Guerra que a Maçonaria faz aos nacionalismos, fascismos, que taxa de exóticos, quando ela é que é exótica, tanto que se chama Oriente e do Oriente trouxe todos os seus rituais. Seu rito é cabalístico, suas palavras judaicas, seus símbolos salomônicos, seus títulos da Palestina e do Líbano...”
Outra questão crucial a ser esclarecida pelo Integralismo Linear é: Pode o Integralista Linear ser Monarquista? Mais uma questão que será respondida com base altiva na Doutrina Integralista e suas diretrizes. O Movimento Integralista desejou a implantação do Estado Integral baseado na Democracia Orgânica. O Chefe Nacional Plínio Salgado sempre nutriu grande respeito e admiração pela figura do imperador D.Pedro II e pelo Governo Monarquista. O Chefe das Milícias Gustavo Barroso escreveu vários livros sobre os Grandes feitos militares do Exército Monárquico, sempre exaltando as personagens de Caxias, Almirante Tamandaré, Conde D’Eu, José Bonifácio e outros. Mesmo o Secretário de Doutrina e Estudos Miguel Reale, clássico republicano, em seu livro “ Perspectivas Integralistas” deixou claro que era preciso a implantação imediata do Estado Integral, forte e tradicional, vejamos ( página 55):
“... reacionário é quem não se convence que somente os Estados Fortes poderão livrar as Nações da tirania do Capitalismo Internacional organizado: reacionaário é quem acredita na salvação dos povos com simples medidas de assistência social, sem perceber que se deve fazer tudo para que a assistência social se torne desnecessária; reacionário é quem teme a identificação de Estado e povo, de Estado e Nação, e se contenta com um demofilismo formal, índice menos de prudência do que de senetude...”, Vejam a visão clássica monárquica de identificação do Estado e Nação.
Claro está que não há para a revolução Integralista Linear qualquer antinomia se o governo é República ou Monarquia. Não é esse o foco principal da questão. O que desejamos é o Estado Integral e Linear, forte, representativo, honesto, espiritualista, responsável e soberano, embasado na representatividade Orgânica e funcional. Portanto, ser monarquista ou republicano não faz diferença para o Integralismo Linear, sendo possível as duas vertentes em seu seio doutrinário.
Com relação a questão do Catolicismo, o Integralismo Linear é tembém límpido em suas posições. Não há que se negar a base profundamente católica do Movimento Integralista na década de 30. O Chefe Nacional Plínio Salgado e o Chefe das Milícias Gustavo Barroso eram católicos fervorosos. Entretanto, não há que se negar também que a Igreja Católica atual vem se distanciando enormemente de seus fundamentos, sobretudo doutrinários, desde a década de 60. Ideologias alienígenas e verminosas, além de fraudulentas, como a “ Teologia da Libertação”, e os “ Movimentos de Renovação Socialistas” claramente infiltram Agentes do Marxismo Internacional no tecido da Santa Sé, como uma virose, minando-a e matando-a lentamente. Esses fatos contrariam as bases doutrinárias da Igreja Católica e são contra o que determina a Encíclica Rerum Novarum do Papa Leão XIII. Nós Integralistas e Linearistas não podemos fazer distinção de religião. Por isso a participação de católicos e membros de outras religiões, desde que seus praticantes abominem o Marxismo e o Hedonismo, a crença no Capitalismo Burguês, a crença na Dogmática Irracional, a crença em fraudes ideológicas, como o Marxismo Cristão e os relativismos Teológicos. Seguindo a orientação do Chefe das Milícias Gustavo Barroso, temos, baseados no seu livro “ Integralismo e Catolicismo”, página 31:
“ ... O Integralismo é um Movimento Cristão. Isto tem sido dito e repetido à saciedade pelo Chefe Nacional em discursos e artigos. Se assim é, o Integralismo tem suas bases filosóficas e morais na Doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos Evangelhos. O Integralista, embora não seja católico e nem todos os Integralistas são católicos, nem o Integralista é um Movimento Católico, porque não é um movimento religioso, sim moral, social e político; o Integralista deve ler os Evangelhos e meditar sobre eles”.
Com relação à Dinâmica da Doutrina Integralista, claro está que o Chefe Nacional sempre afirmou que o Integralismo deveria estar em consonância com o momento Histórico em que se encontrava. Vejamos o conselho contido no livro: “ O Que é o Integralismo”, página 122:
“... O Integralismo, aceitando a permanência do fenômeno revolucionário na História, como expressão das tendências modificadoras e renovadoras do Espírito Humano, deseja transportar esse fenômeno para o âmbito do Estado, de sorte a evitar que se formem e se organizem duas Forças Antagônicas: a do Estado e a da Sociedade...”
Além disso, escreve o Secretário de Doutrina e Estudos Miguel Reale em “ Perspectivas Integralistas”, página 14, acerca do momento atual no entendimento da Doutrina ( dinamismo):
“... O Integralismo, em última análise, é a luta da realidade contra as ideologias que a dissecaram, como se disseca um cadáver”
“... O Integralismo refoge tanto do Empirismo como do Apriorismo político. A realidade tem sido sempre mais forte que as doutrinas erguidas como monolitos de princípios rígidos considerados eternos...”
Portanto, em resumo, afirmo como Presidente do Movimento Integralista e Linearista Brasileiro, embasado na pureza da Doutrina Integralista e cumprindo as determinações do Chefe Nacional Plínio Salgado, que é perfeitamente possível um membro da Fraternidade Maçônica fazer parte do nosso Movimento Integralista Linear; que é perfeitamente possível um Monarquista ou adepto da Monarquia estar junto conosco na luta que travaremos e que é perfeitamente possível um membro religioso, quer seja judeu, católico, evangélico, budista, islâmico ser Integralista Linear. Mais questões saneadas pelo escopo doutrinário e linear do Integralismo Linear.
Combatemos e devemos combater em suma, aquilo que o próprio Chefe das Milícias Gustavo Barroso nos ensinou no livro “ O Que o Integralista Deve Saber”:
“... Enfim, combatemos: ¬- As Forças Desagregadoras do Materialismo manifestando-se através de grupos, partidos e classes em lutas – o Liberalismo – o Capitalismo – o Comunismo – os Internacionalismo – o Sufrágio Universal – o parasitismo – o personalismo – a desordem – o separatismo – o ateísmo.
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